O Fundo Monetário Internacional Argumentou que a Economia de São Tomé e Príncipe Apresenta Desafios Enormes e é Necessário que o Governo Tome Decisões Difíceis
No dia 12 de Novembro de 2019, o Fundo Monetário Internacional considerou que a economia de São Tomé e Príncipe ainda apresenta desafios enormes.
Porém, é necessário esforçar para tomar decisões difíceis e proceder as reformas absolutamente necessárias. Por isso é necessário um esforço concentrado de todos para levar a cabo as reformas necessárias.
Os missionários do FMI deslocou para São Tomé e Príncipe no dia 6 do mês de Novembro do ano em curso para fazer uma nova avaliação da evolução macroeconómica do país, ajudar a preparar o orçamento para 2020 e ver se os objectivos estabelecidos têm vindo a ser alcançados.
A chefe da missão, Xiangming Li explicou que foi constatado que a inflação está razoavelmente inalterada, porém há ainda vários problemas como por exemplo:
- Diminuição das importações de bens e serviços
- Diminuição das exportações dos bens e serviços
Contudo, depois de 8 dias de avaliação, a missão do Fundo Monetário Internacional concluiu que a falta de combustível teve um impacto bastante negativo na economia do país.
Com isso, a missão também lamentou que a arrecadação de receita caiu muito baixo da meta estabelecida, e propôs como solução:
- A reforma do sector tributário, sendo no entanto, avançar o período em que ocorreu esses problemas, bem como o nível de receitas fixadas.
É necessário aumentar a colecta, aumentar a arrecadação fiscal que infelizmente foi muito baixo da meta estabelecida.
E isso fez com que o Governo não conseguisse pagar a certos fornecedores, nomeadamente as Telecomunicações e a Empresa de Água e Electricidade (EMAE).
Portanto, isso só pode ser ultrapassado se a arrecadação da receita for maior, do contrario o Estado vai acumular dívidas em atraso ou então tem que recorrer aos novos empréstimos aos bancos e isto não é sustentável.
Outra solução apresentada pelo Fundo monetário Internacional
- A reforma do sector energético, designadamente da EMAE, onde aconselhou o Governo a obrigar os cidadãos a regularizarem as dividas de consumo energético e a travar os roubos de energia eléctrica.
Quanto ao orçamento, o FMI considera que tem programas bastante ambiciosos no sentido em que pretende que o sistema tributário seja mais sustentável.
Por outro lado, pretende também melhorar substancialmente o ambiente de negócios e ao mesmo tempo proteger os mais desfavorecidos.
Em suma, durante esta uma semana, a missão do Fundo Monetário Internacional analisou junto as autoridades nacionais vários assuntos, entre os quais estavam:
- A evolução do sector financeiro;
- As reservas cambiais;
- O progresso na implementação dos projectos com financiamento externo;
- As operações monetárias;
- As situações dos bancos falidos;
- A evolução comercial e aduaneiras;
- A evolução da divida externa.
Para que a economia melhore é necessário maior engajamento por parte dos governantes e não só, de forma a estabelecer a economia do país.